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INTOXICAÇÃO ALIMENTAR

No verão é preciso redobrar as atenções com a saúde, é uma época de diversão e de muitos cuidados. É nessa época de calor que microorganismos se proliferam e aceleram a degradação do alimento. Intoxicações alimentares e infecções gastrointestinais se relacionam a más condições de preparo e conservação dos alimentos. A primeira relaciona-se ao consumo de alimentos contendo microorganismos e a segunda a toxinas produzidas por estes presente nos alimentos.

 

As vezes as pessoas não se dão conta dos riscos que tais condições trazem à saúde. Os sintomas mais comuns são vômitos e diarréia, além de cólicas abdominais e que, em determinadas pessoas, principalmente, idosos e crianças, pode levar a morte, por desidratação, em casos extremos. Nos Estados Unidos, a intoxicação gastrintestinal resulta em mais de 300.000 hospitalizações a cada ano e causa 5.000 mortes.

 

Os contaminantes mais comuns são as bactérias, especialmente Salmonela, Shigella, Stafilococcus, Clostridium, E. coli, entre outros. Outros contaminantes incluem os vírus, os parasitas (vermes) e as toxinas.

 

Nem sempre conseguimos determinar a causa exata dos sintomas. Questionar outras pessoas que ingeriram as mesmas comidas e, informações sobre o espaço entre a refeição e o começo dos sintomas podem ajudar a diagnosticar o problema.

 

  • Menos que uma hora sugere que uma toxina está envolvida;

  • Várias horas ou mais sugere uma infecção bacteriana;

  • Mais que 12 horas sugere uma infecção viral.

 

Os sintomas de intoxicação alimentar incluem:

 

  • Náuseas;

  • Fraqueza geral ou cansaço;

  • Dor de cabeça;

  • Dor abdominal e cólicas;

  • Vómitos abruptos;

  • Diarréia (e em certos casos com sangue).

  • Desidratação

  • Febre

 

Podem durar cerca de quatro dias, dependendo do tipo de contaminação a que o alimento foi exposto. Se for apenas toxina, como a dos estafilococos, que provoca vômito, a duração é curta, de apenas um dia. Porém, se os causadores forem vírus e bactérias, além de os sintomas serem mais fortes, o período será prolongado por dias, em alguns casos por uma semana.

 

A intoxicação alimentar, pode ser prevenida facilmente. Calcula-se que 85% dos casos podem ser evitadas controlando-se o preparo dos alimentos, seguindo-se as normas de higiene.

 

Acerte no preparo e no armazenamento:

 

  • Lave bem as mãos antes de manipular os alimentos,

  • Cozinhe bem os alimentos – em particular aves, carnes e leite não pasteurizado.

  • Consuma imediatamente os alimentos cozidos. Caso sobre, guarde-os em recipiente tampado na geladeira.

  • Reaqueça bem o alimento cozido se for consumi-lo em outro horário.

  • Selecione e lave em água corrente: frutas, verduras e leguminosas. Depois, coloque-as imersas em uma solução de água sanitária (uma colher de sopa de água sanitária para cada litro de água) ou produtos especiais para esse fim.

  • Observe a data de validade dos alimentos.

  • Evite o contato do alimento cru com o cozido, para que o primeiro não contamine o segundo.

 

Respeite as características dos alimentos:

 

  • Pescados devem ser mantidos refrigerados (até 4ºC) e por período não superior a 24 horas.

  • Carnes cruas (bovina, suína, de aves e outras) e alimentos que sofreram cozimento, devem ser guardados em refrigeradores (até 4ºC) por até 72 horas.

  • Ovos crus devem ser conservados nas prateleiras da geladeira – e não na porta –, por até 14 dias.

  • Os produtos considerados "estoque seco" (bolachas, arroz, macarrão, feijão, enlatados etc.) devem ser armazenados em temperatura ambiente

 

Alimentação fora de casa:

 

Fique atento a preparação dos alimentos, exposição a temperatura ambiente por longos períodos, principalmente aqueles que contenham molho, maionese, embutidos e camarão, pois são os mais relacionados a intoxicações alimentares.

Aqui vão alguns cuidados no momento de escolher onde fazer um lanche ou uma refeição rápida na rua:

 

  • Observar se os utensílios utilizados estão higienizados;

  • se o manipulador está com o uniforme higienizado, cabelos presos, utilizando tocas, sem barba e se as unhas estão curtas e limpas;

  • se as superfícies onde os alimentos são manipulados estão limpas;

  • se o vendedor manipula alimentos e dinheiro ao mesmo tempo sem lavar as mãos;

  • se o armazenamento dos alimentos está sob temperatura controlada, se notar gotículas de água, pode ser um sinal de que a refrigeração não está adequada;

  • se existe algum ponto de água potável próximo;

  • atenção a data de validade dos produtos.

 

Durante e após a intoxicação, manter-se bem hidratado, beber mais de 2 litros de água por dia e repouso são boas dicas. Tirar alimentos das refeições pode ajudar no não agravamento dos sintomas. O leite, por exemplo, tende a piorar a diarréia. Deve adotar uma dieta leve, preparada com alimentos cozidos, feitos na hora, sem conservantes e gorduras. Deve comer pequenas quantidades, de cinco a seis vezes por dia. Arroz, legumes cozidos e sem casca, bolacha água e sal, gelatina, carne grelhada e sopas são ótimas pedidas para o cardápio diário.

 

Nesse calor, a dieta deve ser, preferencialmente, balanceada e leve. Portanto, gorduras e frituras devem ceder espaço a grelhados e assados. Apesar de não haver consenso devido a variações individuais, recomenda-se 2,5 litros/dia para mulheres e 3,5 litros/dia no homem. Abuse de sucos de frutas, consuma verduras e legumes cozidos ou crus, preferir alimentos de condimentação suave (evitar mortadela, salame, pimenta do reino, entre outros) e consumir maior quantidade de fibras, cereais, frutas e grãos são algumas dicas também muito importantes.

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